quarta-feira, 11 de março de 2009

MERCADO MUNICIPAL DE SÃO PAULO


Descrição

Projetado pelo arquiteto Francisco Ramos de Ramos de Azevedo. Construído de 1926 a 1932, bem ao lado do Rio Tamanduateí o que possibilitava a presença dos barcos com produtos vindos das chácaras. Em 25 de janeiro de 1933, ás margens do rio Tamanduateí, numa área de 12.600 m², ele foi inaugurado, quando São Paulo contava com uma população de um milhão de habitantes.
O edifício abriga 1.600 funcionários, que movimentam 350 toneladas de alimentos por dia em seus 291 boxes, e recebe uma média diária de 14 mil visitantes, dentre esses estão os proprietários de restaurantes, visto que o Mercado Municipal Paulistano é o mais tradicional ponto “gourmet” da cidade de São Paulo.

Mais informações no site: www.mercadomunicipal.com.br



Relato da Visita


O mercado é um tesouro se o imaginarmos como um lugar para estudos de meio. Sua explosão de cores, formas, cheiros, sons, texturas... No conceito de interdisciplinaridade então, imaginamos os assuntos saúde, botânica, geografia, matemática, culinária, histórias, literatura....
No entanto, nossa visita com alunos seria inviável!!!
Mercado é mercado, sua função é o comércio das mais diversas especiarias, frutas, verduras, outros tipos de alimentos, etc; porém a administração do Mercado Municipal descobriu uma segunda vocação: a do turismo e por conseqüência a criação de uma enorme praça de alimentação, como vemos em qualquer shopping da cidade.
O mais engraçado e que já foi assunto até para tese de psicologia e sociologia, é uma das atrações da culinária local: o sanduíche de mortadela, um dos frios mais populares do Brasil, que mesmo assim é dia de festa quando um aluno o leva como lanche.
Esse novo perfil adotado elitizou o mercado, tornando-o um passeio muito caro. E em seu serviço não tem degustação gratuita para alunos. Agora imaginemos dezenas de crianças desejando provar uma uva, uma pêra ... e ao passarem nos boxes de lanches, pastéis e doces, então?!
Mesmo que o dinheiro não seja o maior problema, podendo se dar ao luxo de pagar R$ 8.50 num sanduíche simples de mortadela ou as frutas super faturadas (pois são selecionadas, importadas, pulverizadas e outros “adas” mais). Além disso, o mercado está constantemente lotado, muito cheio mesmo, dificultando uma excursão da escola.
....

A proposta então é direcionar a visita para uma feira livre ou um sacolão do bairro e trabalhar preços, dúzia, quilo em matemática; raízes, legumes, frutas, cereal, trabalhar saúde, hábitos alimentares, geografia, época, espécies da região, etc num conceito que extrapole a interdisciplinaridade.

Francisco Luiz da Costa Carvalho